O Bispo do Funchal, D.António Carrilho, apelou hoje à solidariedade para ajudar os que, também na Madeira, são "crucificados" e sofrem.
Na homilia da Celebração da Paixão de Cristo, na Sé do Funchal, o prelado madeirense declarou aos fieis católicos que comemoram a Páscoa que "o mal escraviza o homem, impedindo-o de alcançar a verdadeira dignidade e plenitude".
Para D. António Carrilho, "a Paixão de Jesus não terminou no Calvário", porque "nas ruas de amargura e nos calvários deste mundo, há também, na nossa terra como em qualquer outro lugar, os 'crucificados' e as 'senhoras da piedade', que experimentam 'ao vivo' os sofrimentos de Cristo e solicitam a nossa solidariedade, atenção e amor concreto".
Salientou que "a Igreja, perita em humanismo, privilegia servir e acompanhar, com particular solicitude, o clamor dos mais fracos: doentes em fase terminal, pessoas em degradantes condições humanas de pobreza e miséria, marginalizados e excluídos da sociedade, famílias com graves dificuldades económicas, desempregados, idosos abandonados, vítimas das guerras que matam indiscriminadamente e aumentam a onda de violência e de fome".
Sublinhou que "num mundo marcado pelo medo e insegurança, onde a dignidade humana é gravemente atingida e esmagada, todos somos chamados a ser 'cireneus' dos nossos irmãos que sofrem", ajudando-os nas suas dificuldades"
Após a celebração da eucaristia, D. António Carrilho presidiu à procissão do "Enterro do Senhor" que percorreu várias ruas da capital madeirense.