28
Mar 10
O antigo bispo do Funchal, D. Teodoro de Faria, considera «um exagero» as críticas feitas à Igreja por causa dos casos de pedofilia, alegando que «todas as classes têm defeitos deste género».

 

«Se formos ver em proporção, a Igreja é a que tem menos, se bem que tenha maior responsabilidade», justificou, em declarações à agência Lusa em Londres, onde participou no sábado num jantar de solidariedade com as vítimas das enxurradas na Madeira.

 

O prelado disse viver-se uma «época em que se difundem todas as formas de imoralidade» e em que «a sociedade fica um pouco gangrenada».

 

 

 

 

publicado por Alberto Pita às 23:31

26
Mar 10

O Secretário Regional dos Assuntos Sociais, Francisco Ramos, anunciou hoje que o valor para apoiar as Instituições de Solidariedade Social da Madeira (IPSS) ascende este ano aos 15 milhões de euros.

Francisco Ramos falava, no Funchal, na sessão de abertura do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, que contou com a presença do Coordenador Nacional do programa, Edmundo Martinho.

publicado por Alberto Pita às 17:57

O CEO da Transavia, Lionel Géran, anunciou hoje que o primeiro voo da companhia para a Madeira partirá já no próximo domingo, com o valor das passagens a começar em 40 euros.
Será a primeira "low-cost" a ligar o Porto e o Funchal.

Géran falava no aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde anunciou ainda o lançamento de uma outra nova rota entre a cidade francesa de Nantes e o Porto.
Neste caso, as tarifas mínimas serão de 50 euros e os voos começarão no início de Abril.
Desde o início das operações em Portugal, em 2007, a Transavia já transportou mais de meio milhão de passageiros, num total aproximado de quatro mil de voos.
A taxa de ocupação dos voos ultrapassou este ano os 78%.

publicado por Alberto Pita às 17:52

23
Mar 10

O Teatro da Trindade e o cantor e imitador Fernando Pereira vão promover no Dia Mundial do Teatro, a partir das 16:30, o evento de beneficência «Madeira em Concerto», que apoiará a missão AMI na Madeira.

A iniciativa junta artistas da área do jazz, do fado, da música clássica e da popular, que aderiram à causa actuando gratuitamente, explica a organização.

Carlos Alberto Moniz, Fábia Rebordão, Jorge Fernando, Lia Altavilla, Ludmilla Guilmault, Paulo de Carvalho, Rita Guerra, Rui de Luna, Sofia Aparício e Zoey Jones são algumas das presenças já confirmadas.

publicado por Alberto Pita às 23:14

Nos últimos dias, a TAP e o sindicato dos pilotos têm mantido algumas reuniões técnicas, sem grandes resultados.

A empresa e os pilotos falharam também um acordo na fixação dos serviços mínimos, mas os pilotos aceitam como excepção à greve, marcada para o período entre o dia 26 e o dia 1, manter os voos para a Madeira, por solidariedade.

Aproveitando esta disponibilidade, a TAP pretende assegurar os serviços mínimos para o arquipélago, como explica o porta-voz António Monteiro.

publicado por Alberto Pita às 23:11

O presidente da câmara do Funchal lamentou o que aconteceu ao seu "grande amigo" Horário Roque, que está internado em estado crítico na sequência de um ataque vascular cerebral (AVC).
Em declarações à agência Lusa, Miguel Albuquerque salientou que o presidente do Banif "é um homem de grande valor, um grande amigo da Madeira e um grande empreendedor".

publicado por Alberto Pita às 23:04

A Madeira poderá integrar a Convenção OSPAR - Protecção do Ambiente Marinho do Nordeste Atlântico se esta se expandir para Sul como é interesse de alguns dos países signatários, disse à Agência Lusa o director regional do Ambiente.

Os representantes de seis países signatários da Convenção OSPAR (Alemanha, França, Reino Unido, Holanda, Espanha e Portugal) e de organizações não governamentais com interesse na proposta de área marinha protegida para a Zona de Fractura Charlie Gibbs, reuniram-se ontem no Funchal, para discutir vários aspetos e implicações desta iniciativa.

As organizações não governamentais envolvidas são o Fundo Mundial para a Vida Selvagem - WWF, Autoridade Internacional para o Leito do Mar, Comissão Baleeira Internacional, Comissão de Pescas do Oceano Atlântico nordeste, União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN e o Instituto da Conservação Biológica Marinha.

publicado por Alberto Pita às 23:01
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19
Mar 10

*Relato da minha experiência num artigo feito para a revista Olhar, do Jornal da Madeira.

 

Por todo o lado.

Acordei sobressaltado com um telefonema a dar conta que o Funchal estava a ser atingido por fortes enxurradas. Estava de folga esse fim-de-semana. Levantei-me num ápice e através de alguns telefonemas apercebi-me que a situação era grave.
Pouco tempo depois, já saltava para dentro do carro.
Benzi-me e segui.
 Notei que o nevoeiro naquela manhã era denso, em certas zonas da cidade. Liguei os quatro piscas, os faróis de nevoeiro e, cautelosamente, fui descendo para o centro. Era o único naquele sentido. Todos os outros subiam. Parei na zona dos Ilhéus, perto do acesso à Ribeira de São João, mas suficientemente distante para não ser apanhado por qualquer eventualidade. De impermeável com capuz, guarda-chuva e mochila à costas comecei a caminhar em direcção à ribeira.
As pessoas andavam descontroladas de um lado para o outro. Umas mostravam medo, outras curiosidade. Da ribeira saíam sons poderosos. As águas revoltas desciam velozes e insaciáveis perante tudo o que lhes aparecia à frente. Nada lhes escapava. Mais cedo ou mais tarde, tudo cedia.
Continuei a descer. Passei o edifício 2000 e, em seguida,  a rotuda do Dolce Vita. Vi as primeiras “ebolições” de terra, lama e pedras saírem da zona aberta da rotunda e antevi que aquele seria um dos pontos sensíveis. Uma fissura enorme na estrada confirmava os meus receios.
Prossegui em direcção à Rua Dr. Fernão de Ornelas. Mas antes fotografei com a câmara do telemóvel a marina, a Avenida Sá Carneiro, a Avenida do Mar, o Cais do Funchal, a Assembleia, etc., etc. até chegar ao Jornal da Madeira. Queria assegurar que teríamos todos os momentos, apesar de saber que já havia equipas do Jornal da Madeira no terreno.
Uma das imagens fortes desse dia – e houve muitas – foi ver a partir do início da Fernão de Ornelas a água a passar por cima da ponte do mercado.
Uma massa de água poderosa, impossível de conter, galgou todos os obstáculos e engoliu a ponte, fazendo acreditar que a passagem não tinha resistido. Parecia uma cobra sem fim, pela forma como a água misturada com a lama descia a ribeira de João Gomes.
Cheguei ao Jornal. Pedi uma máquina fotográfica, um gravador e voltei a sair. Ignorei o incómodo guarda-chuva, apesar da precipitação continuar. O casaco com capuz seria suficiente, achei.
Estive durante seis horas na rua, andando de um lado para o outro, subindo e descendo, percorrendo caminhos pelo meio da lama e com água por vezes até aos joelhos, fotografando e entrevistando. Fui à muito atingida zona do Campo da Barca. A força da água em frente à Secretaria Regional do Equipamento Social era verdadeiramente impressionante.
Voltei para trás, subi a Pena e comecei a contar. 1, 2, 3,… 10, 22,… 27,… 30 carros destruídos. Um deles era dos bombeiros. Porém, nenhum morador, de um lado ou do outro da estrada, ligava àquele cemitério de lata. Na verdade, ninguém tinha mãos a medir face ao que lhes tinha acontecido nas suas próprias casas. Todos limpavam. Às vezes numa luta inglória, porque a chuva trazia tudo de novo. Mas ninguém desistia.
Disseram-me que mais acima, na Luso Brasileira, tinha acontecido uma tragédia. Continuei até lá chegar. E o que vi foi chocante. Carros atravessados no meio da estrada, lama a tapar o tornozelo, bombeiros de um lado para o outro, pessoas aflitas, um carro quase a cair… Nesse carro tinham estado três pessoas, duas não escaparam, uma tinha apenas cinco anos. Mãe e filho sucumbiram. Vi o menino ser retirado, já sem vida.
Rapidamente, apercebi-me tinham caído para cima das casas na Luso Brasileira dois outros carros. Um era táxi. Conforme o tempo passava, o número de mortos foi crescendo. Primeiro três, depois cinco. Nos dias seguintes continuou a aumentar.
Do meio do entulho, uma mulher gritava. Foi socorrida. Estava descontrolada. Só estava preocupada em socorrer os oito cães e o papagaio que tanto adorava. Achava que o marido estava bem. Até se aperceber que já não sabia onde ele estava. Veio o desespero. O choro. Os gritos.
É impossível alguém não se sentir abalado perante uma tragédia destas dimensões e com tantos dramas à mistura. Ainda assim, tentámos – e julgo que conseguimos – relatar com rigor tudo o que se passou. Fizemo-lo primeiro nas instalações da empresa “O Liberal”, pois os sistemas do JM foram seriamente afectados pelo temporal, e depois na RJM e, por fim, já na redacção do jornal.
Cada um nós regista os momentos que passou. Uns mais trágicos do que outros, seguramente. Mas nunca mais sairá da memória colectiva dos madeirenses o fatídico dia 20 de Fevereiro de 2010.

 

Eis os primeiros registos que colhi. São os primeiros porque depois de ter passado pelo jornal, comecei a recolher as imagens com a máquina fotográfica e essas não fazem parte deste bloco de fotografias.

 

Primeiros sinais na rotunda do Dolce Vita

 

Primeiros sinais na rotunda do Dolce Vita

 

Primeiros sinais na rotunda do Dolce Vita

 

Rotunda do Infante

 

Avenida do Mar

 

Marina do Funchal

 

Marina do Funchal

 

Marina do Funchal

 

Foz da Ribeira de São João

 

Foz da Ribeira de São João

Foz da Ribeira de São João

 

Praia do Funchal, ao lado do Cais da cidade

 

Barco dos Beatles

 

Avenida do Mar

 

Avenida do Mar

 

Avenida do Mar

 

Ribeira de Santa Luzia

 

Ponte do Bazar do Povo (temia-se que ruisse)

 

Rua 31 de Janeiro

 

Rua do Seminário (ao fundo estacionamento do Anadia)

 

Rua Dr. Fernão de Ornelas (autoridades andaram de bote no ponto alto da enchente)

 

Pena (30 carros destruídos, pelo menos)

 

Pena

 

Pena

 

Pena

 

Pena

 

Pena

publicado por Alberto Pita às 20:19

O Estado arrecadou quase 200 mil euros em impostos com as chamadas de valor acrescentado criadas para ajudar a Madeira depois do temporal de Fevereiro, que matou 43 pessoas, desalojou 600 e provocou avultados danos materiais.

De acordo com as contas feitas pela Lusa e que se referem apenas às chamadas de valor acrescentado promovidas pela TMN, PT e pela Sonaecom, que se associou à campanha lançada pelas empresas do grupo Media Capital, foram arrecadados em impostos pelo Estado 198 120 euros, resultantes dos telefonemas e mensagens sms de solidariedade.

Nestas três campanhas de solidariedade foram recolhidos quase um milhão de euros (991 170 euros) de apoios.

Questionado pela Lusa sobre se havia alguma excepção para a cobrança de impostos nas chamadas de valor acrescentado relativas a campanhas de solidariedade, o Ministério das Finanças respondeu: "nada existe na lei que permita aplicar uma taxa reduzida".

A Lusa tentou igualmente saber se o Governo admitiria criar uma excepção para estes casos, mas não obteve resposta em tempo útil.

Segundo os dados recolhidos, na campanha de solidariedade para clientes TMN e PT, que permitia o envio de uma mensagem de sms ou uma chamada telefónica com a qual cada pessoa contribuiria com 0,60 euros para a Caritas Diocesana do Funchal, participaram mais de 61 mil pessoas, permitindo recolher até 11 de Março mais de 36 600 euros.

Além desta linha de apoio à Madeira, a PT associou-se à SIC no projecto "Uma flor pela Madeira" e através de um número de valor acrescentado (que implica a cobrança de 20 por cento de IVA) foram angariados 590 mil euros.

Fonte oficial da PT realçou que as verbas recolhidas com as chamadas, cada uma a 0,60 euros+IVA, "reverteram na íntegra para as entidades apoiadas", não tendo a operadora cobrado qualquer custo pelo serviço.

Já com a campanha "Portugal Solidário -- Ajuda a Madeira", uma acção conjunta das várias empresas do grupo Media Capital a favor da Caritas Portuguesa, foram angariados 364 570 euros de apoios.

Também aqui fonte da TVI revelou que, no caso da campanha pela Madeira, a operadora que colaborou com o Grupo Media Capital, a Sonaecom, assumiu os custos que habitualmente são transferidos para quem faz a chamada.

Só o Estado optou por seguir à risca a legislação, sem abrir qualquer excepção para as campanhas de solidariedade com a Madeira.

Assim, aos quase um milhão globalmente recolhidos nestas campanhas de solidariedade com chamadas de valor acrescentado, juntaram-se cerca de 200 mil (198 120 euros) que quem apoiou pagou de imposto (IVA) e que foram directos para os cofres do Ministério das Finanças.

O temporal do passado dia 20 de Fevereiro provocou 43 mortos e existem ainda oito desaparecidos, depois da enxurrada que varreu a ilha.

publicado por Alberto Pita às 16:05

16
Mar 10

Os custos assumidos pelas seguradoras na sequência do temporal que afectou a Madeira a 20 de Fevereiro já atingiram os 133 milhões de euros.

O valor é revelado pela Associação Portuguesa de Seguradores (ASP) que, em comunicado, revela que até ao momento já foram participados 1.532 sinistros, que representam 133 milhões de euros em indemnizações “pagas e provisionadas”.

O montante das compensações a pagar pelas seguradoras pode ainda aumentar, uma vez que os prejuízos ainda estão a ser contabilizados.

publicado por Alberto Pita às 23:03

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