O ministro da Saúde, Correia de Campos, manifestou-se hoje «optimista» quanto à aplicação da nova lei do aborto na Região Autónoma da Madeira, considerando «positiva» a evolução que se tem vindo a registar nas posições do governo regional.

«Não está tudo na mesma. Estamos optimistas porque temos vindo a assistir a uma evolução progressiva das posições do governo regional, que registamos como positiva», afirmou o ministro, em declarações aos jornalistas no Porto.
Correia de Campos, que falava à margem de uma visita à Maternidade Júlio Dinis, salientou que, depois das primeiras posições mais antagónicas, «agora há informação de que o Centro Hospitalar do Funchal tem condições para fazer interrupções voluntárias da gravidez, tem médicos disponíveis e competência técnica para isso».
O ministro manifestou ainda disponibilidade para fazer «deslocar equipas à Madeira para ajudar os colegas a treinar mais pessoal».
Por outro lado, frisou que o ministério «está disponível para acolher mulheres da Madeira que entendam proceder á interrupção voluntária da gravidez no continente».
Relativamente a esta questão, salientou, no entanto, que os custos terão que ser assumidos pelas autoridades regionais de saúde madeirenses.
«Existe um serviço regional de saúde, que é responsável pela saúde da população da região», afirmou, escusando-se a fazer mais comentários sobre o assunto.

Fonte: Lusa