07
Mar 08
O presidente do Governo Regional da Madeira defendeu a necessidade de intervenção do Governo da República na situação do transporte aéreo que a transportadora nacional presta à Região.
Em causa está a decisão da TAP de pôr fim aos voos directos entre esta Região Autónoma e as diversas capitais europeias.
Até agora, quem viesse da Madeira para uma qualquer capital europeia, ao fazer uma escala técnica no aeroporto da Portela, permanecia no avião até que este seguisse para o destino final.
A partir do próximo mês de Abril, com as novas regras, o passageiro terá de abandonar o avião e fazer um novo check-in para poder retomar o voo.
Para além do tempo e incómodo que tal medida representa, acresce um aumento das despesas para o passageiro que vai ter de pagar novas taxas aeroportuárias.
Alberto João Jardim não hesita em demonstrar a sua indignação perante «estas dificuldades todas que estão a ser criadas à Madeira, tratando-se de uma empresa de bandeira, uma empresa do Estado, o Estado tinha a obrigação de intervir».
O presidente do Governo Regional vai mais longe ao denunciar que «estamos aqui com um escândalo de preços, comparando a distância entre Lisboa e o Funchal com outras iguais distâncias na Europa. Os preços são altamente penalizadores quer para os que residem na Madeira, quer para os cidadãos do continente que se deslocam à Madeira».
Alberto João Jardim não esquece episódios recentes que o opuseram ao Executivo e que o levaram mesmo a provocar as primeiras eleições antecipadas na ilha.
Para Jardim, a não intervenção do Estado nesta matéria é «mais uma atitude do Governo da República na sua guerra politico-partidária à Madeira».

Assembleia Regional aprova
voto unânime de protesto

O Parlamento Regional secundou o presidente do Governo Regional e, por iniciativa do grupo parlamentar do CDS/PP aprovou por unanimidade um voto de protesto contra a decisão de extinção pela TAP das ligações entre a Madeira e as várias capitais europeias.
À apresentação deste voto associou-se o presidente da Assembleia Legislativa Regional da Madeira, Miguel Mendonça, que alertou estar em causa não apenas «uma questão financeira, mas também a mobilidade».
Diz o voto aprovado que «a Assembleia Legislativa da Madeira, directa representante do povo da Região, protesta contra a decisão da TAP de acabar com as ligações directas entre a Madeira e várias capitais europeias e apela ao Governo da República para que intervenha, garantindo melhores serviços da TAP à Região autónoma».
Todas as bancadas parlamentares representadas no Parlamento Regional associaram-se ao voto. O deputado Jaime Leandro, eleito pelo Partido Socialista, apelou ao Governo Central para que seja mais interventivo.

São dificuldades técnicas que
levaram a TAP a tomar a decisão

A decisão da transportadora nacional em acabar com os voos directos entre a Madeira e as diversas capitais europeias prende-se com dificuldades operacionais no aeroporto da Portela em Lisboa.
Esta é pelo menos a razão apresentada pela TAP.
«O aeroporto da Portela tem limitações que são conhecidas como o número de pistas, o estacionamento dos aparelhos e de espaço para check-in», adiantou António Monteiro, porta-voz da TAP que acrescenta que «tudo isto cria dificuldades em manter o produto».
A empresa afirma que a situação de mudança de avião não é inédita e já vinha pontualmente a acontecer. A TAP terá por isso decidido acabar com aqueles voos para dar «mais transparência e não prejudicar o passageiro».
António Monteiro garante que a empresa vai ter em breve um voo directo entre a Madeira e Londres e conta ter no Verão outro voo directo com destino a Madrid.
publicado por Alberto Pita às 19:17

O líder parlamentar do PS/M à Assembleia Regional da Madeira, Victor Freitas, acusou hoje o Governo Regional de "co-autoria no atentado ambiental que se verifica actualmente nas pedreiras e britadeiras da Região".
"O Governo Regional, que foi responsável pelo grande aumento destas explorações quando fez imensas infra-estruturas, fechando os olhos às ilegalidades, agora é co-autor do desrespeito das decisões dos tribunais que mandam repor a qualidade ambiental e paisagística destes locais onde se procederam ou se procedem a estas explorações", afirmou o deputado.
Fonte: RTP
publicado por Alberto Pita às 19:15

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