Eis alguns momentos do tradicional Carnaval madeirense celebrado nos concelhos do Porto Moniz e da Ribeira Brava. As fotos foram gentilmente cedidas por Marsílio Aguiar.
Eis alguns momentos do tradicional Carnaval madeirense celebrado nos concelhos do Porto Moniz e da Ribeira Brava. As fotos foram gentilmente cedidas por Marsílio Aguiar.
Ao fim de três anos de paragem, o presidente do Governo Regional voltou a participar no cortejo de Carnaval, no sábado, no Funchal. Desta vez, disfarçou-se de Vasco da Gama e andou à procura de... Portugal.
Metade das pessoas que sofrem um ataque cardíaco não sobrevive.
Em Portugal, a Madeira e os Açores são das regiões onde o número de mortes súbitas é mais preocupante, apesar de «termos um sistema de emergência médica (EMIR) que é fantástico e todos os meios técnicos e humanos no Hospital».
Ainda assim, morrem na Madeira 200 pessoas, por ano, devido a enfarte do miocárdio, o que significa que cerca de 400 são vítimas da doença.
O navio Lobo Marinho não realizou hoje a habitual viagem para o Porto Santo devido à forte agitação Marítima. A viagem de amanhã, marcada a título excepcional por ser Carnaval, também ainda não está confirmada.
Hugo Velosa, deputado do PSD/ /Madeira na Assembleia da República, antevê um clima de ruptura entre o partido liderado por Alberto João Jardim e uma nova liderança do PSD nacional encabeçada por Passos Coelho. "Vai ser uma alegria. Para já não acredito que Pedro Passos Coelho ganhe as eleições internas, mas se tal vier acontecer, o PSD/M terá uma outra actuação para com o PSD nacional… e deverá encontrar outras hipóteses. Com ele, não haverá solidariedade! Espero que não haja um militante da Madeira a votar Passos Coelho", disse Hugo Velosa ao DN.
A construção de um teleférico na zona protegida do Rabaçal está a ser avaliada directamente pela UNESCO, revelou o director regional do Ambiente, João Correia.
Segundo este responsável, o presidente da comissão nacional da UNESCO de Portugal, Fernando Guimarães, esteve terça-feira na Madeira numa visita rápida para avaliar o projecto do Governo Regional da Madeira para construir um teleférico e um centro de interpretação ambiental, na zona do Rabaçal, no concelho da Calheta.
O projecto tem sido fortemente criticado por algumas associações ambientalistas regionais, já que será instalado em plena floresta Laurissilva, declarada património da humanidade 1999 pela UNESCO.
A Madeira vai ganhar mais 52,5 milhões de euros com a entrada em vigor da nova Lei das Finanças Regionais que, devido à norma de ressalva introduzida à última hora, não reduz as transferências do Estado para os Açores.
O líder do PSD/Madeira, Alberto João Jardim, defendeu na sexta feira que o processo político de aprovação da lei das finanças regionais demonstrou "ser possível fazer um compromisso histórico em Portugal que liberte o país do PS".
Jardim falava após a reunião da comissão política regional do PSD/Madeira, pronunciando-se publicamente, pela primeira vez, sobre a aprovação da revisão da lei das finanças regionais na Assembleia da República.
"A lei que foi aprovada não é a que foi proposta pela Assembleia Legislativa da Madeira: houve que fazer algumas transigências para fazer que a lei fosse aprovada", disse.
Jardim reconheceu o "esforço, o valor e mérito" de todos os intervenientes, entre os quais o "negociador-mor", Guilherme Silva, além da "posição, a certa altura isolada e muito difícil, dos deputados madeirenses José Manuel Rodrigues (CDS) e Miguel França (PS) e do PCP que "fechou" e honrou o compromisso assumido no parlamento madeirense, não apresentando qualquer proposta de alteração ao diploma.
Realçou que todo o processo político deitou por terra a ideia de que "não há alternativa a este Governo", apontando que o PS foi o único a responder negativamente ao apelo para o entendimento e estabilidade feito pelo Conselho de Estado.
"O Senhor Presidente da República terá que tirar as ilações do acordo que foi possível estabelecer entre quatro partidos, entre uma maioria, dando cumprimento à vontade do Conselho de Estado", declarou o líder madeirense.
Jardim realçou que foi aberto um precedente e "ninguém pode provar que não possa haver um compromisso histórico em Portugal, à semelhança do que aconteceu em Itália, para enfrentar a situação nacional", considerando que "o problema é o Partido Socialista desprovido de valores e cujo objectivo é a conquista e manutenção do poder".
"A partir de agora há uma hipotética alternativa desenhada, não pode o Presidente da República pensar que não há outras soluções de governo até maioritárias, haja é bom senso", reforçou.
"Ponho esta em cima da mesa sabendo que posso atrair sobre mim fúrias ainda mais fundamentalistas, mas ficou demonstrado pela primeira vez que era possível um compromisso histórico em Portugal", apontou Jardim, considerando que o comportamento adoptado por Cavaco Silva nestes últimos dias foi "perfeito e impecável".
O líder insular frisou que "o PS foi experimentado, deu no que deu, pelo que o papel do partido socialista é mandá-lo para a oposição e encontrar uma solução para o país".
Referiu também que neste processo "se assistiu a coisas espantosas, a ameaças de demissão" do ministro das Finanças e o primeiro ministro, "mas mais uma vez disseram uma coisa e fizeram outra, continuam lá, com a agravante de que ameaçam até não cumprir a lei (aprovada) na Assembleia da República".
Jardim considerou ainda que é "grave" avançar-se com ameaças de pedidos de constitucionalidade do diploma, o que "dá a impressão que alguém anda a contar com uma deriva política do Tribunal Constitucional"
"É preciso recuperar Portugal e cada dia que passa é tarde", concluiu.
Na documentação entregue à comunicação social presente, "num esclarecimento à opinião pública", o Governo Regional aponta que, nas transferências do Orçamento de Estado para as regiões autónomas de 1998 a 2009, incluindo o PIDDAC e autarquias locais), os Açores receberam mais mil milhões de euros do que a Madeira.
Fonte: Texto da autoria integral do Jornal de Notícias
«A alteração da Lei das Finanças Regionais, a ser votada sexta-feira na Assembleia da República, não resolve o problema da sustentabilidade das finanças públicas da Madeira, dada a sua incapacidade de gerar receitas para pagar os encargos e juros da dívida. Apenas poderá dar resposta imediata às dificuldades de tesouraria», escreve jornal Público.
Ao aprovarem a proposta por unanimidade no parlamento regional, eventualmente por temerem os efeitos eleitorais de se oporem a uma lei que "dá mais direitos à Madeira", os partidos, do CDS-PP ao BE, criticaram o continuado "regabofe financeiro" e "descalabro" das contas públicas na região.
O PS requereu esta semana a constituição de uma comissão eventual de inquérito na Assembleia Legislativa da Madeira para análise e responsabilização política dos termos de endividamento "ilegal e irracional" da região.
«Apresentada no momento em que na Assembleia da República se discute a questão do endividamento no âmbito da alteração à Lei das Finanças Regionais, a iniciativa, que será viabilizada com o apoio de deputados de outros partidos da oposição, visa avaliar as consequências do endividamento para o orçamento regional e para gerações futuras.
Não só a dívida directa da região (que ultrapassa já os 1100 milhões de euros) regista um crescimento significativo como também se verifica um crescimento "galopante" do endividamento indirecto (que desde 2000 cresceu mais de mil por cento, ultrapassando em 2008 os 1200 milhões de euros e atingindo os 1500 milhões em 2010) e um crescimento "descontrolado" do endividamento do sector público empresarial da região (não avalizado), que ultrapassa os mil milhões de euros», diz o mesmo matutino.
O PS critica também a utilização "excessiva e imponderada" dos mecanismos de financiamento que conduzem à desorçamentação e se traduzem em endividamentos de longo prazo que "comprometem seriamente a flexibilidade do Orçamento para acudir às necessidades económico-sociais do desenvolvimento regional. Neste caso apontam as concessões rodoviárias Via-litoral, Via-expresso ou Viamadeira, que, todas juntas, nos próximos anos, significam responsabilidades acima dos 1500 milhões de euros, correspondendo a pagamentos anuais na ordem dos 200 a 300 milhões de euros do Orçamento. E as situações de investimentos, com retorno negativo, que não geram as receitas suficientes para pagar nem as amortizações de capital, nem a manutenção e exploração do investimento, como acontece com as sociedades de desenvolvimento, em que foram injectados 500 milhões.
No parecer sobre a Conta da Região de 2005, o Tribunal de Contas concluiu que a Madeira ultrapassou nesse ano os limites de endividamento com a operação de titularização de créditos no valor de 150 milhões de euros. E considerou que a "administração regional não agiu em conformidade com a lei", ao aumentar o seu "endividamento líquido em 119,6 milhões de euros".
A dívida global da Madeira, nos cálculos do economista e deputado regional do PS, Carlos Pereira, aproxima-se já dos 6000 milhões de euros (cerca de 125% do PIB regional) e os respectivos juros e encargos absorvem 30 por cento do orçamento anual, que é de 1500 milhões. "O problema principal da Madeira não é a Lei das Finanças Regionais, mas o regabofe governativo e o despesismo galopante do governo de Alberto João Jardim", conclui Carlos Pereira.
Se conseguir 80 milhões na aprovação da lei, esse montante será insuficiente para pagar de imediato a dívida de 83 milhões às farmácias, que ameaçam cortar o fornecimento de medicamentos aos utentes da Madeira se não forem saldados os débitos acumulados até Outubro de 2009. Depois de ter assumido 110 milhões de contos (550 milhões de euros) correspondentes então a 70 por cento da dívida regional, aquando da primeira Lei das Finanças Regionais em 1998, o governo de António Guterres pagou, pelos votos da Madeira necessários à aprovação de um orçamento rectificativo, 12 milhões de contos (60 milhões de euros) da dívida existente no serviço regional de saúde, verba que não chegou às farmácias. Estas também não foram contempladas pelos 265 milhões de euros concedidos pelo Governo de José Sócrates, no âmbito do programa Pagar a Tempo e Horas, nem pelo empréstimo de 79 milhões que a região foi autorizada a contrair nas negociações do Orçamento redistributivo de 2009.
Fonte: Jornal Público