O poeta, historiador, pintor e escultor madeirense, António Manuel de Sousa Aragão, de 86 anos, faleceu ontem, no Funchal, vítima de doença.
António Aragão distinguiu-se em várias áreas da cultura nacional e regional, tendo-se licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade Clássica de Lisboa e em Arquivismo e Biblioteconomia pela Universidade de Coimbra.
Estagiou em França e na Itália, em etnografia, museologia e restauro de obras de arte e, como pintor, expôs em Barcelona e Londres, e participou em experiências vanguardistas em Inglaterra, Brasil e Itália.
O historiador Rui Carita recordou-o à Agência Lusa como «um grande amigo e uma das grandes figuras da cultura portuguesa do século XX».
Com «Poema Primeiro», «Folhemas 1,2,3 e 4», «Mais Exactamente P(r)o(bl)emas», «Os Bancos e Metanemas» «foi um dos grandes poetas da década de 60».
António Aragão experimentou também a ficção - «Um Buraco na Boca» - e a dramaturgia - «Desastre Nu» - e deixou também legado na escultura.
Fonte: Diário Digital