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Dez 08

A "Desertinha", o lobo-marinho fêmea que integrava a colónia das Ilhas Desertas e que fora encontrado debilitado num varadouro do Funchal, faleceu em resultado de uma paragem cardíaca, confirma um comunicado emitido pelo Parque Natural da Madeira (PNM).

O animal chegou à baía da capital madeirense a 27 de Novembro e foi sujeito a tratamentos vários, mas acabou por morrer cinco dias depois de ter sido recolhida.

A mesma informação do PNM acrescenta que a autópsia efectuada terça-feira revelou que o lobo marinho «tinha uma cardiomiopatia», uma situação que fez com que entrasse «num estado de fraqueza e à disfunção de outros órgãos internos, acabando por ter uma gastroenterite e depois uma pneumonia».

«Este quadro, associado à idade avançada desta fêmea e à dificuldade de estimular a sua alimentação acabou por levar à morte do lobo-marinho mais popular da Madeira», explica.

A Desertinha foi a primeira espécime monachus monachus a ser identificada pelo PNM e é o mais antigo lobo marinho da colónia das Desertas. É por isso de grande importância para os biológos responsáveis pela preservação da colónia, que conta, actualmente, com cerca de três dezenas de lobos-marinhos adultos.

Os especialistas ainda transportaram a Desertinha no navio patrulha "Zaire" para o seu habitat, nas Desertas, quando constaram que o seu estado era crítico para terem as «necessárias e as melhores condições possíveis para tentarem a sua reabilitação».

Na operação para salvar o animal, estiveram envolvidos uma equipa do Parque Natural e a veterinária da Direcção Regional das Pescas destacada para estas situações, que estiveram sempre em contacto com um veterinário do Centro de Reabilitação de Focas de Pieterburen, na Holanda, que acabou por se juntar à equipa com uma enfermeira no dia 30 de Novembro, esclarece o documento.

Este centro, que tem uma experiência de 37 anos nesta área, já tratou de mais de um milhar de focas e colabora com o PNM desde 1997 e há dois anos esteve envolvido no tratamento da Desertinha quando esta se feriu gravemente nos membros anteriores.

A Desertinha continuará na Madeira, tendo sido decidido embalsamá-la para ficar em exposição em algum Museu da Madeira, conclui a nota do Parque Natural da Madeira.

O lobo-marinho é um animal em vias de extinção e na Madeira existe uma colónia com cerca de 35 elementos, uma população que tem dado mostras de recuperação.

publicado por Alberto Pita às 21:52

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