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Out 07

O líder do PS madeirense defende que a actual boa relação institucional entre os chefes dos governos das duas Regiões Autónomas se deve estender ao relacionamento entre a Madeira e o Executivo da República.

As palavras de João Carlos Gouveia surgem depois da conferência de imprensa bem humorada promovida, na passada terça-feira,  pelos dois presidentes das Regiões Autónomas, em que no final Jardim até falou em «união de facto» política entre ambos para classificar o bom entendimento que agora parece existir entre as duas personalidades.

De facto, foi surpreendente para muita gente as palavras que saíram da conferência de imprensa, no dia em que Carlos César chegou para a primeira visita oficial à Madeira, depois de onze anos no poder do Governo açoriano.

Troca de elogios e confidências de que ambos já se ajudaram mutuamente na defesa dos interesses dos arquipélagos vizinhos junto dos vários governos da República foram confissões ouvidas durante essa conferência, que acabou à gargalhada com a história da «união de facto», mais tarde transmitida por todo o país.

A conferência de imprensa mostrou também um Carlos César aliado de Alberto João Jardim até na questão da defesa da nova proposta de revisão da actual Lei de Finanças das Regiões Autónomas - que tanta briga deu entre ambos -, e nos ataques ao Governo central, da sua cor política, quando falou por exemplo, no subsistema que está a governar o país, enquanto o primeiro-ministro se preocupa com a Presidência da União Europeia.

No dia seguinte, Carlos César já parecia estar a corrigir a mão quando disse que o balanço que fazia ao Governo da República até era positivo.

Resta saber até quando durará esta união de facto. Pela Madeira, pelo menos será até 2009, ano da revisão da Constituição.

publicado por Alberto Pita às 19:34

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