Qual estrela de "rock" ou de cinema, Cristiano Ronaldo, um dos maiores futebolistas à escala planetária, move-se entre fãs que procuram um autógrafo a todo o custo, mas tem na família o principal pilar. Fora dos relvados, onde é "rei", os "paparazzi" perseguem-no à procura da nova conquista amorosa, num currículo onde já passaram Merche Romero e Nereida - as únicas que Ronaldo oficializou e que mereceram a "bênção" da mãe Maria Dolores. Ambas tiveram o privilégio de acompanhar o "craque" nas férias familiares, em faustosos iates, para gáudio das revistas cor-de-rosa mundiais que registaram os momentos mais íntimos dos "namorados". Pelo clã Aveiro, Ronaldo faz tudo. À irmã mais nova, Kátia, proporcionou o sonho de se lançar no mundo das canções - adoptou o nome artístico de Ronalda -, e a Elma, a mais velha, montou uma loja na zona hoteleira do Funchal com a sua própria marca CR7. O jovem de 23 anos, que tem no irmão Hugo e no ex-cunhado José Pereira os "braços-direitos", já presenteou também a família com várias moradias, no Funchal, terra Natal, e comprou um andar no Parque das Nações, onde a família se reúne amiúde, além da mansão inglesa nos arredores de Manchester. Este ano, já inaugurou uma segunda loja com a sua marca CR7, no Parque das Nações, em Lisboa, que ficou a cargo da irmã Kátia. São as irmãs, Kátia e Elma e a mãe, que vive entre dois países, Portugal e Inglaterra, que defendem o jogador nas revistas quando surge mais um "rumor desagradável" ou que dão o aval, ou não, às suas conquistas amorosas. O jogador move-se num mundo de "glamour", sendo-lhe conhecido o fascínio por automóveis de topo de gama, roupa de marca e a organização de grandes festas na mansão inglesa. E foi a distância da família que quase levou Cristiano Ronaldo a desistir da "aventura" pelo Continente, quando os sacrifícios eram maiores que os proveitos, e a abandonar o Sporting, clube que o projectou para o futebol internacional. Os primeiros tempos em Lisboa foram penosos para o jovem de 11 anos que se viu de repente longe da família. Com uma adaptação difícil à nova vida, por diversas vezes o craque pediu à mãe, Maria Dolores, para regressar à Madeira. No entanto, os sacrifícios por que passou durante a sua carreira de cerca de seis anos como profissional ao mais alto nível valeram-lhe já diversos títulos e hoje foi agraciado com a Bola de Ouro. Se no início do sonho futebolístico não tinha a família do seu lado, as coisas mudaram sobretudo após a morte do pai, Dinis Aveiro, a 06 de Setembro de 2005, véspera do Rússia- Portugal. Ronaldo entrou em campo e, apesar do jogo ter terminado empatado a zero golos, o jogador madeirense foi considerado o melhor em campo no Estádio Lokomotiv, em Moscovo, apesar do drama que vivia. Os tempos seguintes foram duros, confessou, posteriormente, em entrevista. Durante cerca de três meses o mundo pareceu ruir à sua volta: Foi interrogado, sob suspeita de participação na violação de duas raparigas em Inglaterra. Envolveu-se numa calorosa discussão com o companheiro de equipa holandês Ruud van Nistelroy e em Lisboa, no Estádio da Luz, esticou o dedo médio aos adeptos do Benfica, ao ser substituído no jogo da Liga dos Campeões, que terminou com a vitória dos "encarnados" por 2-1. Apesar de toda a situação que vivia, Ronaldo esclareceu que "nunca esteve mesmo a desabar", sabia que era uma fase má e, para a ultrapassar, o apoio da família foi essencial. Foi então que à volta do jovem craque se ergueu uma fortaleza familiar que hoje o acompanha para o bem e para o mal. Depois de uma infância difícil, num ambiente familiar onde o dinheiro não imperava, Ronaldo passou para o extremo oposto quanto rubricou, em 2003, um contrato milionário com o Manchester United. Fonte: Texto da autoria integral da Agência Lusa